O cancelamento marca um carimbo com tinta indelével, tornando-o inútil. Inicialmente, um funcionário aplicou essas marcas com um carimbo manual, mas os humanos não conseguiam acompanhar o volume crescente de correspondência. Já em 1862, os inventores começaram a fazer experiências com máquinas para cancelar mecanicamente a correspondência. Thomas e Martin Leavitt, de Boston, patentearam a primeira máquina prática de cancelamento em 1876 e, no ano seguinte, o Departamento dos Correios fez um pedido de cem máquinas. Num teste de velocidade, a máquina Leavitt cancelou 25 mil cartões postais em uma hora, em comparação com a taxa de 1.500 a 2.000 por hora de um funcionário experiente. Hoje em dia, quase todos os e-mails são cancelados automaticamente.
Fundamentalmente, todas as máquinas de cancelamento compartilham recursos básicos. Os rolos de alimentação separam e alimentam um pedaço de “correspondência revestida” na máquina. Um mecanismo de disparo detecta a borda principal da correspondência e aciona a rotação de um cubo de matriz de cancelamento e de uma matriz anular. Após fazer a impressão na correspondência, ela segue para um empilhador onde a correspondência se acumula até que o operador da máquina a retire.
O cubo da matriz pode ter barras onduladas ou um 'slogan' alinhado para colocar um cancelamento sobre selos postais em uma correspondência. Uma ranhura no cubo da matriz contém a 'matriz anular'. Este bloco de aço gravado tem fendas para conter o mês, a data, a hora e o tipo de ano em seu centro. Ao redor desta abertura e geralmente dentro de uma borda circular, aparece o nome da cidade, do estado e, se for o caso, uma área ou CEP. Estes são os carimbos postais que aparecem à esquerda do cancelamento.
Referência:
Scheele, Carl H. A Short History of the Mail Service. Smithsonian Institution Press: Washington, DC, 1970.
Frank Scheer y Allison Marsh